NOLA, de New Orleans com escala no México

29 de jan. de 2013

Muita gente usa o Trip Advisor como base pra montar o roteiro de viagem. Eu confesso que não uso muito, mas quando algo está no top things to do, daí você começa a dar bola. 

Foi o que rolou com o NOLA. Sim, com todas as letras em maiúsculas. O restô é um desses a portas fechadas comandados por gringos que moram em Buenos Aires. O que mais me chama a atenção nesses lugares é a experiência que o jantar proporciona.


O NOLA fica bem localizado em Palermo. Mas do outro lado do caos do Soho, atravessando a avenida Scalabrini Ortiz. Uma portinha bem simples, separa a rua do corredor lindo e omnipotente que leva a uma casa dos sonhos.


Pé direito super alto, teto de vidro que abre para receber fresh air e ainda a sensação de que, literalmente, você está dentro do casa da chef. Com sofás escolhidos pela mãe, quadros pelo pai e objetos colecionados em viagens. A música aqui faz o ambiente ser super acolhedor: um jazz, bossa nova que depois de uns vinhos te faz viajar.


O bom, e sim eu amo isso, desses portas fechadas é a quantidade de gente. Máximo 16 pessoas e olhe lá, separadas em três mesas: uma para duas pessoas, outra para seis e outra, comum, para ocho.


Isso faz com que a atenção seja mais do que personalizada. Os comandantes da casa, entre eles a chica responsável de New Orleans, Liza, explica cada prato a ser deliciado durante a noite.


E o chico, fica encarregado de explicar el maridaje de cada vinho selecionado para cada prato. Um luxo.


Por ser bem recomendado por muitas pessoas, a variedade de nacionalidades que por ali passa é imensa. Logo, english para todos. Mas não se preocupem, Liza e o chico sabem espanhol perfecto.


A comida, preparada com muito esmero, é uma fusão de cozinha de Nova Orleans, México e Argentina. Todo mês o menu muda, isso porque tem que usar produtos da estação, que sejam frescos. Os dois ainda comentam que no quintal da casa tem uma plantação de pimentinhas, um amor.


Fui, me sentei na mesa comum, alone by myself e me adaptei com uns vinhos aos inúmeros sotaques da mesa: americanos, australianos, poloneses, holandeses, alemães e euzinha de brasileira. Todo mundo falando inglês.


Logo que você chega é recebido com uma gostosa taça de espumante Hom Extra Brut 2011, Bodega Cava La Carmela. Confesso que sou tão tagarela que não tinha terminado a copa ainda quando veio o primeiro vinho à mesa: Torrontés 2012, bodega Amalaya. Sonho de vinho branco. Aliás, deixa eu só enfatizar que no pré jantar, todo mundo fica em pé, conversando caminhando pela casa, um charme.


O primeiro prato: gazpacho (humildemente traduziria para uma sopa fria) de manga com camarão, maçã verde, cebola, chilis, abacate, camarão cozido e banana. Como eu sou alérgica, não comi o camarão (avise antes se você tem alergia a algo, ok?). Amazing, puro sabor de verão. A mistura do docinho com salgado ficou uma delícia. Meio apimentadinho, mas só um pouco mesmo.


O segundo vinho da noite era Rosé, moda em Buenos agora. Vuela Rose, Malbec, Bonarda, Syrah, bodega Piedra Negra 2012. Para chicas, desce fácil que é uma beleza.


Tomatinhos verdes fritos, polvo, rúcula e molho de pimentão. Alta gastronomia de comer de joelhos.


Um tinto, please, Pasión Malbec 2010, Bodega Joffre. Fuerte, confesso que já depois de 4 copas eu estava falando muito bien inglês.


O principal e mais delícia da noite: carne de porco assada por mais de três horas em redução de molho chili com grãos orgânicos. Ohmylord, fazia muito tempo que eu não comia uma carne de porco tão macia, pra cortar com a colher. Simples assim.


Rolou, como eu disse, uma explicaçãozinha do porque do tinto com a carne de porco.


Um break com bossa nova ao fundo e umas cerejinhas bem gostosas para a aguardada sobremesa.


Antes, porém, um cosecha tardia. Tão amado pelos argentinos no momento: Fonde cave Tardive 2007 Cosecha Chardonay, Bodega Trapiche. Juro que sozinha tomaria uma garrafa, shiiii, mãe não lê isso.


Tortinha de blueberry (mirtilo, mas blueberry é mais legal), com manjericão e queijo de cabra. Doce na medida certa.


Ainda depois rolou conversa animada entre o povo da mesa e eu fui embora nas nuvens, literalmente, pela comida, pelo vinho, pela experiência e por entender uns 6 sotaques do inglês, diferentes.


NOLA funciona de sexta à domingo, só para janta. Tem que reservar, ok? Máximo 16 pessoas por noite.

NOLA
www.nolabuenosaires.com
Reservas: nolabuenosaires@gmail.com
www.facebook.com/NOLAbuenosaires
Preço por pessoa: 75 dólares.

11 comentários

  1. Inconfundível esse bigodudo aí. Vi ele outro dia no Sudestada e fiquei horas olhando pros detalhes capilares faciais do cidadão

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    1. He was definitely at Sudestada on Friday ;)

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    2. Hahha ele vai ficar conhecido!

      Hahah lol, he will be known as the guy with the mustache.

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  2. cara, nunca fui num restaurante desse tipo. tô muito curiosa...

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  3. Fantástico! Agora, uma perguntinha básica... é muito caro? Assim, tipo o que?

    Besos

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  4. Buemba!

    Os cockies sabor Tody estao sendo vendidos no Brasil!!!!

    Agora queria saber sobre o esquema do NOLA.
    Os vinhos são à vontade ?Ou uma taça de cada por pessoa.Pergunto pq sou meio pinguço hehe.
    De qualquer forma muito mais em conta do que a maioria dos restaurantes de São Paulo.

    Becitos Amanda.

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    1. Heheh eu sei, Marcello. Mas não provei, não sei se é a mesma coisa, será?

      E olha, a cada prato vem uma taça... Eu não diria que é a vontade porque não tenho certeza. Mas são 5 taças no final das contas ehhee.

      :)

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  5. Valeu Amanda!

    Vc sempre atenciosa em responder.Como consegue dar conta de tudo?

    Parabéns e mais uma vez obrigado!

    Agora sobre os todys,são iguais,mas prefiro saborea-los em Buenos..heheh

    Becitos.

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