El Taxista

17 de fev. de 2014

Hoje a Lu, vem com uma história muito da fofa. Sobre um taxista romântico que caiu de amores por uma brasileira.

É muito provável que qualquer turista que vem pra Buenos Aires receba o seguinte conselho: cuidado com os taxistas! Não dê pinta de turista, não pague com nota de 100, conheça mais ou menos o caminho que você precisa percorrer, não fique de conversa mole, etc, etc, etc. A fama deles é bastante má, e é fácil encontrar alguém com um trauma pra contar. Mas quem tem melhores histórias pra contar que eles?

De alguma maneira, costumo dar sorte. Ou eles são tão silenciosos como eu tento ser, ou são uma simpatia. As vezes encontro outros imigrantes: paraguaios, cubanos, que acabam dividindo comigo suas impressões de estar em outras terras. Tão simpáticos, que um belo dia acabei descobrindo uma história apaixonada.

Peguei um táxi numa manhã chuvosa e com trânsito. Como era de se esperar, o taxista logo percebeu que eu era brasileira - pelo sotaque e porque eu simplesmente estava levando uma panelona de feijoada comigo (!).


Quique, meu taxista, era um senhor de cabeça branca, e se encheu de coragem pra me pedir ajuda. É que ele meio que descobriu a possibilidade de reencontrar um antigo amor, uma brasileira, e não sabia como telefonar pro Brasil. Quando ele tinha seus 20 anos, conheceu uma brasileirinha, amor de verão que não ultrapassou os pampas. Naquela época ele até conseguiu voltar pro Brasil, convenceu os amigos a trocar a Bahia por Santos num carnaval (haja amor), e passou mais uma temporada com a moça. Trocaram cartas por um tempo, mas um dia tudo se acabou.

"Vos no sabes la emoción que me va a agarrar cuando ella me conteste al telefono". Ele estava preocupado, porque "ya no somos más los mismos. Estoy viejo, ella también debe estar, los jovencitos del pasado dejaron de existir".

Eu tentei, com ele, ligar do meu celular, só pra saber se funcionava. Não esperei atender, mas chamava. Ele me disse o nome dela, me disse que ela tinha dois filhos, era separada e morava em Sampa. Eu a procurei depois no Facebook e realmente lá estava, uma senhora solteira bonitona.

Nunca soube se ele conseguiu sequer ligar pra ela. Mas agora, uns 4 meses depois dessa história, gosto de pensar que ele largou tudo e foi de novo se aventurar atrás de uma paixonite adolescente. Porque ver um senhorzinho porteño ansioso e suando de nervoso por um amor brasileiro do passado, foi inspirador ♥.

15 comentários

  1. Olá Amanda.Quando eu fui pra Buenos, eu tive uma boa experiência com os taxistas, coisa eles adoram é conversar.Bah e se for Brasileiro então, adoram falar do Futebol e saber sobre o Rio e Salvador (Eu não conheço nenhum dos dois huahahua) mas disse que ambos aparecem bastante na tv e que os lugares são belissimos.Me deram as informações devidas sobre Buenos e tals...Eu tb sempre fui orientada de que não pegar taxista nas ruas e sim pegar direto o do hostel, pois o valor já é feito na hora.

    ResponderExcluir
  2. Haa e que linda a história deste Senhor...Amei! Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Amei, tomara que eles tenham ao menos se falado....

    ResponderExcluir
  4. Awwwwwwn, essa Buenos Aires é puro amor!

    ResponderExcluir
  5. Nossa que coisa mais fofa!! Você conversou com a moça no facebook? Falou pra ela dele? Ai que lindo. Me emocionei aqui

    ResponderExcluir
  6. Querida Amanda,
    Você poderia me falar COMO você ainda está solteira? Porque, além de inteligente, divertida e linda, você me passou nesse post a impressão de que você tem um ótimo coração. To começando a perder a fé na humanidade, q isso.

    ResponderExcluir
  7. ando tão carente depois que eu e meu argentino terminamos que até chorei com essa historia

    ResponderExcluir
  8. Acho que ela tem que ler esta história e saber como ele se sente. Por facor, postem inbox para ela, porque talvez ela também esteja se sentindo "velha" e achando que ele nem vai acha-la mais interessante. E será lindo postar esta história novamente, com um final feliz <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. NOSSA, AMEEEI! O difícil vai ser achar ele depois, né? :/

      Excluir
  9. Será q meu "amor de verão porteño" vai me ligar daki a 20 anos? Mesmo que nao seja com segundas intencoes, ia ser lindo. Poxa.. o cara fico todo esse tempo pensando em mim. Nao custa nada um reencontro de amistad. Mto linda a historia. Deixei um porteño enamorado, a distancia eh dificil.

    Adoro o seu blooog! Me ajudou mto qnd eu morei em bue. Ja voltei.. mas nao deixo de te seguir! Recomendo a todos que vao pra ai.. eh pratico e tem tudo. Segui varios passos, achei ate q poderiamos ter esbarrado no Dill and Drinks. Talvez fica pra proxima! Jejeje

    Vc eh so sucesso, Amanda!
    Abraçooos ;)

    ResponderExcluir
  10. História linda e fofa! Inspiram os amores à distância *_*

    ResponderExcluir
  11. Eu tive a melhor experiência possível com taxistas em BsAs... Não tão fofa quanto esta, mas fui roubada por um taxista (o golpe da nota falsa) enquanto saía do Malba para um restaurante ali perto mesmo. O que nos levou foi super grosso e gritou muito com a gente (imagino que para esconder o golpe). Depois do nervoso, na volta, entramos no táxi para o hotel e contamos do caso para o motorista, ele pediu para ver as notas e nos disse claramente: "São falsas." Comecei a chorar e minha irmã também ficou muito nervosa. O senhor não só se ofereceu para nos levar na delegacia e esperar com a gente, como nos consolou e, sabendo que estávamos sem dinheiro, nos levou ao hotel e não cobrou a corrida. Foi tipo um anjo mesmo. <3

    ResponderExcluir
  12. Amanda, a história do taxista me fez lembrar um conto de Aníbal Machado; se chama "Viagem aos seios de Duília". Vc iria gostar.

    ResponderExcluir
  13. Amanda, escreve e conta pra ela... não devemos viver sem saber de um amor assim, nem que tenha um empurrãozinho de um cupido

    ResponderExcluir

SUBIR
Buenos Aires para Chicas . Todos os direitos reservados. © Maira Gall .